Apertem os cintos!

A partir de agora, vocês mergulharão em um mundo fantástico, onde tudo pode acontecer, onde todas as máscaras são retiradas e as roupas rasgadas. Nesta viagem vocês conhecerão o bem e o mal, o doce e o salgado, a língua e a mordida, mas principalmente, vocês saberão com quem andam, e eu lhes direi quem são...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Adolescência – Nem pinto nem galo


Final dos anos 80, a logomania ditava moda, e eu sem um pinto para dar água, imaginem dinheiro para comprar roupas de marca?
As calças estonadas eu fazia com Quiboa, e o famoso macacão jeans ficou na esperança.
Lembro a primeira vez que fui ao cinema...
Um amigo me convidou e eu aceitei na hora, mesmo sem saber direito como funcionava. Chegando lá o meu amigo me disse que eu precisava comprar o bilhete.
- Bilhete? Que bilhete?
- O bilhete para entrar - disse ele, e adivinhem quanto de dinheiro eu tinha no bolso? Acertou quem pensou zero, hehehe! Para concluir esta história, eu fiquei sentado na frente do cinema esperando ele sair para me contar o filme. Será que foi por isso que mais tarde eu fui gerente de cinema?
Mas nem tudo foi espinho, na escola eu era um excelente aluno, fato que me gerava certa popularidade, e devido a isso, rolou o primeiro beijo....Mas esta história é para a próxima postagem.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ter ou não ter? Eis a questão!


Após ser puxado para este mundo, fui crescendo um pouco triste, triste porque nunca podia ter o que eu queria. Enquanto as outras crianças exibiam brinquedos bons, eu tinha uma funda, carrinho de rolimã e lanternas feitas com latas de azeite, brinquedos que eu mesmo fazia.
Pensei que entrando para a escola isso mudaria, achava que todos brincariam com o que por lá tivesse, mas a coisa piorou, pois além de não ter brinquedos, eu também não tinha materiais escolares "da hora". Levava meus cadernos (sem molas) em um saco de arroz GAITEIRO, cuja figura de um homem com uma gaita aberta ficava sorrindo pra mim, era irritante.
E assim fui crescendo e chegou a ADOLESCÊNCIA....Daí sim a coisa preteou, mas esta é para uma próxima postagem...

sábado, 26 de junho de 2010

A ferro e sem fogo!!!

Minha história de vida começa quando um espermatozóide doido, alucinado e determinado, desvia do anticoncepcional e encontra o alvo. Depois de nove meses decidiram que eu deveria sair. Por quê? Estava tão bom lá dentro, quente, aconchegante e com comida de graça, não gastava nem papel higiênico. Mas não, tinham que tirar, eu não queria sair, foi então, que introduziram no meu espaço dois ferros horríveis e me puxaram para fora. Acho que berrei antes de sair, porém não tinha mais jeito, precisava encarar o mundo lá fora. Esta atitude agressiva não poderia ficar impune, então, só para sacanear, dei uma mijada na cara da médica, só para ela saber com quem estava lidando. E foi assim a ferro e sem fogo que eu vim parar aqui.